Para você me conhecer um pouquinho melhor!!!

Meu nome é Maria Albuquerque, divorciada, me casei novamente,  tenho três filhos do primeiro casamento, como toda mãe coruja tenho que dizer que são inteligentes e lindos de morrer . Nasci no Rio de Janeiro e morei toda a minha infância e adolescência no biarro do Riachuelo, estudei na escola municipal George Summer, ensino fundamental no colégio Salesiano o ensino médio e segundo grau, fiz faculdade de Gestão Ambiental, entre diversos cursos na área o de educação ambiental foi fundamental para a percepção de como é importante educar para ter um futuro sustentável. Já fui comerciária, vendedora, gerente e empresária. Moro em Guapimirim desde 2006, cidade onde encontrei paz, tranquilidade , beleza e paixão. Nesta cidade que me adotou e que eu adotei conheci pessoas muito especiais entre elas meu atual marido, em Guapimirim trabalhei como gerente de lojas e atuei em entidades como ACIAG e Nascente Pequena, me tornando muito ativa na sociedade e na política local. Uma época muito produtiva foi a gestão da ACIAG (associação comercial, industrial e agropecuária de Guapimirim) meu marido Carlos Frederico como presidente e eu ao seu lado como secretária contribuímos em muitas frentes, abrimos as portas para o SEBRAE que nunca havia encontrado brecha para atuar na cidade e com isso diversos cursos para empreendedores foram promovidos, trouxemos cursos profissionalizantes em diversas áreas, cabeleireiro, manicure, elétrica comercial e residencial, segurança do trabalho, estética facial e corporal, maquiagem, auxiliar administrativo, auxiliar de veterinária, informática. Tudo isso para valorizar a mão de obra e qualificar nossos trabalhadores, empreendedores e jovens em busca de mercado de trabalho. Além disso atuamos consideravelmente nos conselhos municipais, mostrando que podemos ter pessoas com o compromisso para melhorar e influenciar nossa administração pública.
Hoje nossa luta continua, pela ética, pela transparência, pela probidade administrativa de nossos governantes, isso quer dizer pela política e gestão honesta e limpa. Fui candidata a deputada federa pelo PDT em 2014 e foi uma grande surpresa e alegria pois em apenas um mês de campanha, NÓS(todo o grupo envolvido, pois ninguém trabalha ou se elege sozinha) conseguimos 771 votos com um trabalho sem compra de votos e com poucos recursos, foi realmente uma vitória e uma projeção política inesperada. Pelo motivo de não acreditar atualmente na política local do PDT, troquei de legenda. Acredito que para ser candidato a qualquer cargo público em qualquer cidade, é necessário conhecer de fato a cidade e seus moradores, amar a cidade, viver na cidade e a cidade, e não estar presente apenas na época de eleições. Tem que ser honesto e verdadeiro com seus pares e seu povo, ter respeito e ser amável, sem truculência nem repetir os erros dos seus adversários. Deve-se também estar ao lado de pessoas de bem que representem boa influência e não pessoas que praticaram e participaram de negócios e governos ilícitos. 
 A projeção alcançada me qualificou para hoje ser pré-candidata a vereadora pelo PCdoB na cidade que tenho no coração, Guapimirim. 

Ciência e conhecimento popular

A Prefeitura de Rio das Ostras, em parceria com a UFRJ, está implantando o projeto Farmácia Viva. A iniciativa prevê a criação de hortas de plantas medicinais para promover saúde a partir da combinação de ciência e conhecimento popular. 

A primeira fase do projeto será iniciada com a coleta de informações sobre as plantas mais utilizadas pela população local, trabalho que deve continuar até o final deste ano. No futuro também serão realizados cursos voltados para a comunidade, como plantio e uso correto das plantas medicinais.

Cidades sustentáveis


No ano de 2010 o mundo tornou-se urbano, quando mais de 50 % da população mundial passou a viver em cidades. Apesar de possuírem somente 2 % da área do planeta, as cidades abrigam mais de 50 % da população mundial. Esse é mais um fator de pressão contra os já escassos recursos naturais do planeta.

Uma cidade se forma pelo trabalho coletivo de sua população. Nos centros urbanos materializa-se a rica história de um povo, suas relações sociais, políticas, econômicas e religiosas, que só se concretizam na diversidade que a vida nas cidades proporciona. A fotografia de uma cidade é a fotografia de uma sociedade.

Historicamente, as cidades cresceram e prosperaram em locais onde a geografia, o clima e outros atributos naturais eram mais favoráveis. As cidades somente podem continuar a prosperar resguardando os recursos naturais, que são os pilares centrais de suas economias e da sua qualidade de vida. Cidades mal administradas contribuem cada vez mais com as severas preocupações ambientais globais.

A indústria reforça o desfecho dado pela lavoura quando transfere geograficamente o núcleo produtivo do campo para o meio urbano. Formam-se os movimentos de migração em massa, que provocam o caos nas grandes cidades. O crescimento descontrolado da população urbana demanda serviços, equipamentos públicos, transportes, comércio, tecnologia e causa uma série de transtornos à dinâmica das cidades.

As cidades surgiram no interior das sociedades agrícolas no ano 2.000 A.C., no Egito. Na idade média, devido ao comércio praticado a longa distância, as cidades adquiriram a feição de entreposto comercial. No século XIX, a Revolução Industrial trouxe um novo conceito: a qualidade de vida já ameaçada pela poluição gerada pelas fábricas na Europa.

No início do século XIX, Londres era a única cidade que atingia a população de um milhão de habitantes. Em 2005, contabilizaram-se 15 megacidades, ou seja, agrupamentos com mais de 10 milhões de habitantes, e em 2025, segundo dados da ONU, serão 22 em todo o mundo. A cidade moderna torna-se um polo concentrador de comércio, serviços e informações. Ela passa a ser o principal espaço de consumo e circulação de riquezas produzidas no campo.

Muitos acreditam que os países em desenvolvimento podem reproduzir a transição das economias rurais predominantemente agrárias para economias urbanas industriais seguindo a trajetória do que ocorreu na Europa Ocidental. Milhões de camponeses europeus atravessaram o Atlântico desde meados do século XIX em direção às Américas.

Com a crescente mecanização da lavoura faz-se necessário repensar formas de fixação do homem no campo. Os camponeses são habilitados a fazer serviços ambientais essenciais, zelar pelas paisagens e recursos naturais como solos, águas, florestas e clima. Remunerar esses serviços de forma justa irá desacelerar o êxodo rural e evitar inchaço das já degradadas áreas urbanas de grandes centros.

Ainda não existe uma cidade que possa ser considerada totalmente sustentável. Mas imagina-se que, até 2020, várias poderão vir a ser. Começa a nascer o conceito de ecocity – uma cidade pensada para ser inteiramente sustentável, como Dongtan, na China. A primeira fase do projeto, pronta em 2010, contemplará 10 mil moradores. Até 2050, 500 mil habitantes devem mudar-se para lá. Os prédios vão consumir menos água e energia, gerada em usinas solares e eólicas, e reciclar até 80% do lixo. O planejamento urbano em pequenos núcleos favorecerá deslocamentos a pé ou de bicicleta.

As cidades são um ecossistema criado para a mútua realização dos seus habitantes, onde tudo está inter-relacionado e tudo é interdependente. Elas nasceram para facilitar a troca de informações, amizade, bens materiais, cultura, conhecimento, intuições, habilidades, e também troca de apoio emocional, psicológico e espiritual.

Mas o que caracteriza uma cidade sustentável?

É o direito de todos os habitantes à terra urbana, à moradia, ao saneamento ambiental, à infra-estrutura urbana, ao transporte e aos serviços públicos, ao trabalho e ao lazer, para a presente e futuras gerações.

Para muitos autores, no entanto, o conceito de cidade sustentável encerra uma contradição insolúvel. As cidades são, por definição, sistemas complexos que dependem de fatores externos. O princípio da sustentabilidade, por sua vez, está associado à auto-suficiência, implicando o consumo e a eliminação de resíduos no mesmo espaço.

Dessa forma alguns especialistas entendem que as cidades nunca foram nem serão sustentáveis. A cidade tornou-se rapidamente o principal habitat da humanidade. O acesso a emprego, serviços, equipamentos públicos e a um maior bem-estar social e econômico é o seu maior atrativo.

Se grande parte dos problemas ambientais globais têm origem nas cidades e/ou nos seus modos de vida, dificilmente se poderá atingir a sustentabilidade ao nível global sem torná-las sustentáveis. É nas cidades que as dimensões social, econômica e ambiental do desenvolvimento sustentável convergem mais intensamente Assim, torna-se necessário que sejam pensadas, geridas e planejadas de acordo com um modelo de desenvolvimento sustentável.

Cidades sustentáveis são locais que possuem uma política de desenvolvimento para promover o meio ambiente natural. Tem como diretriz a ordenação e controle do uso do solo, de forma a evitar degradação dos recursos naturais. Há um conjunto mínimo de critérios e elementos comuns para esses locais que aparecem em praticamente todos os modelos de planejamento urbano, expresso em planos diretores.

Um elemento importante é a construção de plataformas de sustentabilidade, monitorada por indicadores que irão mensurar e dar os caminhos, prazos e metas de desenvolvimento de excelência. Plataformas com políticas claras e abrangentes de saneamento, coleta e tratamento de lixo; gestão das águas, com coleta, tratamento, economia e reuso; sistemas de transporte que privilegiem o transporte de massas com qualidade e segurança; ações que preservem e ampliem áreas verdes e uso de energias limpas e renováveis; modelos educacionais que capacitem e valorizem o educador; enfim, administração pública transparente e compartilhada com a sociedade organizada.

Toda cidade tem que ter um bom plano de adaptação às mudanças climáticas, principalmente aquelas afetas a eventos extremos. Cidades costeiras devem ter planejamento contra maremotos e elevação do nível dos oceanos. Cidades dos interiores devem se preocupar com deslizamentos em encostas, enchentes, ondas de calor e frio. Enfim, ter flexibilidade e adaptabilidade às novas exigências climáticas (terremotos, vulcões e outros elementos físicos), sem congelar suas estruturas. As coisas mudam rapidamente e as cidades têm que ter a capacidade de resiliência.

Grandes conglomerados urbanos invadiram e violentaram o espaço da geografia natural. No Rio de Janeiro e em muitas grandes cidades do mundo, morros inteiros foram ocupados por construções irregulares e inseguras. Há que se redesenhar o crescimento urbano de forma a integrá-lo com a geografia natural, como reativar margens de rios e recuperar matas ciliares, para que a cidade se torne menos arredia e não receba uma resposta hostil do ambiente natural.

Deve-se revitalizar os centros das grandes cidades para que se tornarem um espaço de convivência pacífica e confortável. São locais dotados de boa infra-estrutura, pouco utilizados e às vezes esvaziados. A população está envelhecendo e tornando-se mais madura e ativa. O novo velho tem vigor físico e intelectual, trabalha, tem mobilidade, busca e pratica qualidade de vida.

A formação e manutenção de bairros menores e autossuficientes devem constar de planos diretores, para evitar a expansão urbana desenfreada no território. Dar prioridade ao adensamento e desenvolvimento urbano no interior dos espaços construídos, com a recuperação dos ambientes degradados.

São todos grandes projetos que exigem vultosos recursos que acabam por criar atividades geradoras de emprego, renda e bem-estar mas ao mesmo tempo desequilíbrios na utilização inadequada dos espaços. Buscar viver no ponto de equilíbrio é o grande desafio de concentrações humanas que desejam a sustentabilidade e sonham em ser cidades verdes. Isto que é importante!

Fonte: http://www.sustentabilidades.com.br

Mulher na política


A busca das mulheres por uma sociedade mais justa  e a quebra de paradigmas que imfluenciam a mudança de pensamentos  ao longo da história me faz homenagear algumas entre muitas mulheres simbulo das lutas feministas por igualdade, justiça e respeito, na esfera política a luta pelo direito de votar e ser votada, exercer plenamente seus direitos políticos, Foram mulheres que com idéias e atitudes se opuseram as restrições impostas à mulher em sua época. Hoje muitas lutas ainda temos para um Brasil e um mundo mais justo para Mulheres e Homens com igualdade de direitos e deveres.
Políticamente nós mulheres ainda temos muitas conquistas e lutas, a participação da mulher ainda é pequena em relação aos homens. A democracia só é plena com a participação de todos sem distinção de genero, raça ou credo.
Assim cito algumas mulheres que fizeram parte da história Brasileira com coragem e competência, políticas, operárias, escritoras, artistas, cienteistas, empregadas domésticas, donas de casa, brancas negras, mulheres que ergueram a cabeça e foram a luta!!!

Bertha Lutz

Bertha Lutz, representando o Brasil na assinatura da Carta da ONU em 1945. (Foto: arquivo ONU)

Nascida em São Paulo, em 2 de agosto de 1894, a bióloga Bertha Lutz teve participação direta pela articulação política que resultou nas leis que deram direito de voto às mulheres e igualdade de direitos políticos nos anos 20 e 30. Filha de Adolfo Lutz, renomado médico e cientista brasileiro, foi uma das organizadoras do movimento sufragista no Brasil, após ter tido contato com os movimentos feministas europeus quando estudava na universidade de Sorbonne, na França, no início do século XX. Foi a segunda mulher a ingressar no serviço público brasileiro (1918), criou a Liga para a Emancipação Intelectual da Mulher, o embrião da Federação Brasileira pelo Progresso Feminino (1922). 
A intensa militância fez com que o Brasil conquistasse a garantia do direito de voto feminino em 24 de fevereiro de 1932, por meio do Decreto nº 21.076 do presidente Getúlio Vargas. As francesas que foram inspiração para Bertha só conseguiram tal conquista em 1944. 
Ela ainda participou do comitê elaborador da Constituição, em 1934, que garantiu às mulheres a igualdade de direitos políticos e foi eleita primeira suplente de deputado federal, tendo assumido a cadeira na Câmara Federal durante pouco mais de um ano, em 1936, após a morte do deputado Cândido Pereira. Como deputada, defendeu mudanças na legislação referentes ao trabalho da mulher e do menor, a isenção do serviço militar, a licença de três meses para a gestante e a redução da jornada de trabalho, que era então de 13 horas.
Sua carreira política se encerrou no ano seguinte, 1937, quando Vargas decretou o Estado Novo. Continuou no serviço público até se aposentar, em 1964, como chefe de botânica do Museu Nacional. No Ano Internacional da Mulher, em 1975, ela foi convidada pelo governo brasileiro a integrar a delegação do País no primeiro Congresso Internacional da Mulher, realizado na capital do México. Foi seu último ato público em defesa da causa feminina e da igualdade de gênero. Ela morreu no Rio de Janeiro, em 1976, com 82 anos.
Mietta Santiago
Maria Ernestina Carneiro Santiago Manso Pereira era o nome completo de Mietta Santiago, que foi a primeira mulher no país a exercer, plenamente, os seus direitos políticos: o de votar e o de ser votada. 
Nascida na cidade de Varginha, em Minas Gerais, no ano de 1903, ela estudou advocacia na Europa, onde teve contato com as ideias do movimento sufragista. Quando voltou ao Brasil percebeu que a Constituição Brasileira de 1928 não vetava o voto feminino. O artigo 70 da Constituição então vigente dizia, sem discriminação de gênero: "São eleitores os cidadãos maiores de 21 anos que se alistarem na forma da lei". Ela entrou com um Mandado de Segurança e, de forma inédita, conseguiu o direito de votar e concorrer ao cargo de deputada federal. 
O fato teve grande repercussão em todo o Brasil. Embora ela não tenha conseguido se eleger, o que teria sido um grande feito para a época, o Partido Republicano do Rio Grande do Norte aproveitou-se da brecha aberta por Mietta Santiago para lançar a candidatura da potiguar Luiza Alzira Soriano Teixeira, que se tornaria a primeira mulher a ser eleita para um mandato político no Brasil, como prefeita do município de Lages.
Como escritora, publicou as obras Namorada da Deus (1936), 
Maria Ausência (novela, 1940), Uma consciência unitária para a humanidade (1981), As 7 poesias (1981). Mietta faleceu em 1995.

Celina Guimarães Viana

Celina Guimarães Viana foi a primeira mulher a votar no Brasil 

A professora Celina Guimarães Viana foi a primeira mulher a exercer o direito de voto no país, em 1927, na cidade de Mossoró, no Rio Grande do Norte. 
Antes de Mietta Santiago ter impetrado o mandado de segurança que jogou luz sobre a questão da Constituição não discriminar o gênero dos eleitores, o governador do Rio Grande do Norte José Augusto Bezerra de Medeiros, sancionou naquele ano uma lei que estabelecia não haver mais ‘distinção de sexo’ para o exercício eleitoral no estado.
Com isso, Celina se inscreveu para votar com o auxílio de seu marido e entrou para a história como a primeira mulher a votar no Brasil. Nascida em Natal, no Rio Grande do Norte, em 15 de novembro de 1890, ela veio a falecer em Belo Horizonte, em Minas Gerais, em 11 de julho de 1972. 

Carlota Pereira de Queirós

Carlota Pereira de Queirós assina a Constituição de 1934 (Foto: Arquivo Dra. Carlota Pereira de Queiroz/FAAP)

Nascida em São Paulo, em 13 de fevereiro de 1892, Carlota Pereira de Queirós foi a primeira mulher brasileira a ser eleita deputada federal. Médica, escritora e pedagoga, ela estudou dietética infantil em centros médicos da Europa, onde efervesciam as ideias feministas e o movimento sufragista. 
Na volta ao Brasil, à frente de 700 mulheres, ela organizou a assistência aos feridos da Revolução Constitucionalista, movimento de contestação à Revolução de 1930, ocorrido em São Paulo. Em maio de 1933, foi a única mulher eleita deputada à Assembleia Nacional Constituinte, na legenda da Chapa Única por São Paulo. Na Constituinte, Carlota integrou a Comissão de Saúde e Educação, trabalhando pela alfabetização e assistência social. 
Nas eleições de outubro de 1934, é eleita pelo Partido Constitucionalista de São Paulo, tornando-se a primeira deputada federal eleita da história do Brasil. Seu mandato foi em defesa da mulher e das crianças.

Confira um trecho do seu discurso proferido em 13 de março de 1934:
"Além de representante feminina, única nesta Assembléia, sou, como todos os que aqui se encontram, uma brasileira, integrada nos destinos do seu país e identificada para sempre com os seus problemas. (…) Quem observar a evolução da mulher na vida, não deixará por certo de compreender esta conquista, resultante da grande evolução industrial que se operou no mundo e que já repercutiu no nosso país. (...) O lugar que ocupo neste momento nada mais significa, portanto, do que o fruto dessa evolução. ”
Permaneceu na Câmara até 1937, quando foi instaurado o Estado Novo (1937-1945) e Getúlio Vargas fechou o Congresso. Carlota passou então a lutar pela redemocratização do país.
Em 1942, foi eleita membro da Academia Nacional de Medicina e fundou, oito anos depois, a Academia Brasileira de Mulheres Médicas, da qual foi presidente durante alguns anos. Apoiou o golpe militar que derrubou o presidente João Goulart, em 1964. Morreu em São Paulo, em 1982, aos 90 anos de idade. 

Patrícia Rehder Galvão, a Pagu

Patrícia Rehder Galvão, a Pagu, foi a primeira mulher a ser presa política no Brasil.

Patrícia Rehder Galvão nasceu em 9 de junho de 1910, em São João da Boa Vista, no interior de São Paulo. Foi escritora, poeta, diretora de teatro, tradutora, desenhista e jornalista, tendo se tornado a musa do movimento modernista, pela proximidade com o casal Oswald de Andrade e Tarsila do Amaral que a apresentaram ao movimento antropofágico e praticamente a “adotaram” quando ela ainda tinha 19 anos.
Em 1930, em um escândalo para a sociedade da época, Oswald se separou de Tarsila e se casou com Pagu que estava grávida de seu primeiro filho. Os dois passam a militar para o Partido Comunista e, em 1931, ao participar da organização de uma greve de estivadores em Santos, ela foi presa pela polícia de Getúlio Vargas, tornando-se a primeira mulher presa no Brasil por motivações políticas. Em 1935, após participar da Levante Comunista, Pagu foi detida, torturada e condenada a dois anos de prisão. Em 1938, voltou a ser presa e foi condenada a mais dois anos. Ao longo da sua vida ela seria presa, ao todo, 23 vezes por causa do caráter transgressor de sua militância.
A defesa da mulher pobre e a crítica ao papel conservador feminino na socialidade permearam a vida e as obras da idealista Pagu. Ela morreu na cidade de Santos, no litoral de São Paulo, em 12 de dezembro de 1962, aos 52 anos, após não ter sucesso com o tratamento de câncer.

Laudelina de Campos Melo

A fundadora do primeiro sindicato de trabalhadoras domésticas do Brasil, Laudelina de Campos Mello.

Fundadora do primeiro sindicato de trabalhadoras domésticas do Brasil, a atuação de Laudelina de Campos Melo é tida como fundamental para o reconhecimento dos direitos da categoria. Nascida em 12 de outubro de 1904, em Poços de Caldas, Minas Gerais, aos sete anos de idade já trabalhava como empregada doméstica. Depois, aos 16, deu início à sua atuação em organizações de cunho cultural, sendo eleita presidenta do Clube 13 de Maio, agremiação que promovia atividades recreativas e políticas entre os negros de sua cidade.
Aos 18 anos mudou-se e se casou em São Paulo, indo morar em Santos, no litoral paulista, onde acabou ingressando em um grupo cultural negro. Em 1938, separada do marido e já com dois filhos, passou a atuar de forma mais ativa nos movimentos populares e, em 1936, após filiar-se ao Partido Comunista Brasileiro, Laudelina fundou a primeira Associação de Trabalhadores Domésticos do país. A entidade ficou fechada durante o Estado Novo e voltou a funcionar em 1946. 
Em 1961, já morando em Campinas, no interior paulista, funda a Associação Profissional Beneficente das Empregadas Domésticas. A iniciativa influencia a criação de outras entidades nos estados e culmina, em 1988, com a criação do Sindicato dos Trabalhadores Domésticos.
 Laudelina faleceu em 12 de maio de 1991, em Campinas, e sua luta, especialmente na década de 1970, foi fundamental para a categoria conquistar o direito à Carteira de Trabalho e à Previdência Social. 

Rose Marie Muraro

A intelectual e feminista Rose Marie Muraro.

Rose Marie Muraro foi uma das vozes importantes do feminismo no Brasil. Nasceu praticamente cega, em 11 de novembro de 1930, no Rio de Janeiro, o que lhe obrigou a ter determinação suficiente para se tornar uma das mais brilhantes intelectuais de nosso tempo. 
Autoras de livros que retratavam de forma contundente a condição da mulher na sociedade da época, como A Sexualidade da Mulher Brasileira, Rose foi uma das pioneiras do feminismo no país nas décadas de 60 e 70 e importante agente da disseminação de conteúdos estrangeiros sobre o tema, traduzindo e editando inúmeras publicações – ela escreveu mais de 40 livros e atuou como editora em 1600 títulos, quando foi diretora da Editora Vozes.
Intelectual que lutava pela igualdade de direitos para as mulheres, Rose foi reconhecida em 2005 pelo governo federal como Patrona do Feminismo Brasileiro. Morreu em 21 de junho de 2014, no Rio, aos 83 anos, em decorrência de um câncer na medula óssea, doença que a acometia há dez anos.